Terceira jornada do Brasileirão agita os portugueses: Abel brilha em dérbi, Caixinha é demitido após derrota e Nuno Moreira mantém fase inspirada. Entre altos e baixos, os lusos vivem fim de ciclo, reações e afirmações no Brasil.
14/04/2025 – Atualidade / Opinião
Na terceira jornada do Brasileirão 2025, os profissionais portugueses viveram extremos: de um Abel Ferreira revigorado no dérbi paulista à demissão de Pedro Caixinha após nova atuação decepcionante. Entre os jogadores, destaque para Nuno Moreira, cada vez mais protagonista no Vasco.
Abel Ferreira (Palmeiras) – Nota 8.5/10
Fez, com sobras, sua melhor partida do ano. O Palmeiras dominou o clássico frente ao Corinthians com fluidez ofensiva e segurança defensiva. A entrada de Felipe Anderson pela direita, com Estêvão mais centralizado, deu nova vida ao ataque. Só não foi goleada por detalhes. Exibição que reacende a confiança da torcida.
Leonardo Jardim (Cruzeiro) – Nota 6/10
Fez sete alterações no time titular, incluindo mudanças polêmicas como a ausência de Dudu e Gabigol. Ainda assim, obteve resposta positiva em campo, com mais entrega e organização defensiva, especialmente com Villalba e Fagner. Apesar da sequência negativa de jogos sofrendo golos, o empate contra o São Paulo deu sinais de reação.
Pedro Caixinha (Santos) – Nota 2/10
Tentou mudar a equipe fisicamente, mas a escolha dos titulares falhou completamente. Escalações questionáveis, substituições sem efeito e uma atuação desastrosa resultaram na derrota que culminou em sua demissão. O Santos foi mal em todos os setores, e o treinador português não encontrou soluções — nem dentro nem fora de campo.
Pepa (Sport Recife) – Nota 4.5/10
Mais uma vez, o Sport mostrou organização e posse de bola, mas falhou em transformar desempenho em resultado. O time foi dominante no início e voltou melhor no segundo tempo, mas pecou na finalização e nas substituições. As boas ideias seguem, mas os resultados ainda não vieram.
Renato Paiva (Botafogo) – Nota 4.5/10
Sem soluções contra a pressão alta do Bragantino, o Botafogo sofreu desde o início. A manutenção de Patrick de Paula fora de sua posição de origem e a pouca variação tática comprometeram a criação. O time não reagiu e teve uma das piores atuações da temporada até aqui.
Cédric Soares (São Paulo) – Nota 7/10
Fez sua melhor partida pelo tricolor. Deu assistência precisa para o golo de Ferreira e mostrou segurança defensiva. Destaque da equipe na partida contra o Cruzeiro, consolidando-se como opção confiável no elenco.
Nuno Moreira (Vasco) – Nota 7.5/10
Mais uma grande atuação. Sofreu faltas importantes, incluindo a que originou o primeiro golo, e deu assistência para o segundo. Vem crescendo jornada após jornada, tornando-se peça-chave no ataque vascaíno.
João Silva (Sport) – Nota 5/10
Sofreu com a má atuação de seu parceiro de zaga, Lucas Cunha. Cometeu erros incomuns, incluindo falha no lance do primeiro golo do Vasco. Ainda assim, mantém o respeito da torcida e da comissão técnica.
Sérgio Oliveira (Sport) – Nota 4.5/10
Responsável pelo cruzamento que resultou no único golo do Sport, após desvio no defensor do Vasco, mas teve atuação abaixo da média. Erros na saída de bola e nos lançamentos prejudicaram a fluidez da equipe, especialmente após a saída de Lucas Lima.
Rafael Ramos (Ceará) e Gonçalo Paciência (Sport): seguem sem nota. O primeiro entrou nos minutos finais sem influência na partida, e o segundo continua lesionado.
A terceira jornada foi marcada por contrastes. Abel Ferreira, com ajustes simples, recuperou o bom futebol do Palmeiras no clássico. Leonardo Jardim deu sinais de evolução. Pepa e Paiva ainda precisam ajustar a relação entre proposta e execução. E Pedro Caixinha chegou ao fim da linha no Santos. Entre os atletas, Nuno Moreira segue como o principal nome português dentro de campo até aqui.
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