O Botafogo precisava de uma resposta — e ela veio em grande estilo. Na madrugada deste domingo (27), no Estádio Nilton Santos, o Alvinegro venceu o Fluminense por 2-0, com golos de Vitinho e Savarino, e alcançou a marca de oito triunfos consecutivos sobre o rival, a maior sequência da história do Clássico Vovô. Mais do que o resultado, foi a atuação — a melhor da temporada — que encheu de esperança a torcida botafoguense.

Após uma semana tensa e de cobranças, Renato Paiva promoveu mudanças não apenas nos nomes, mas também no sistema de jogo. A entrada de dois pontas de lança, Igor Jesus e Mastriani, trouxe frescor e dinâmica ao ataque. A equipa compactou-se melhor, jogou com mais aproximação e viu Matheus Martins brilhar pelo lado direito. A recompensa veio cedo: com domínio absoluto na primeira parte, o Botafogo sufocou o Fluminense.

Vitinho abriu o marcador aos 36 minutos, finalizando um cruzamento rasteiro de Igor Jesus após contra-ataque veloz. Antes disso, o Alvinegro já havia obrigado Fábio a realizar defesas decisivas e carimbado a trave com Igor Jesus. Foram oito remates contra apenas um do adversário no primeiro tempo, um retrato fiel da superioridade botafoguense.

Na segunda parte, o Fluminense esboçou reação. Bernal e Cano desperdiçaram boas oportunidades, e Arias acertou o travessão num livre direto, fazendo soar o alarme no Nilton Santos. Mas a entrada de Artur deu novo fôlego ao Botafogo, que, mesmo recuando, continuava perigoso em transições rápidas.

Já nos acréscimos, Savarino aproveitou o erro de Paulo Baya para arrancar e, com frieza, definir o resultado. O venezuelano, muitas vezes criticado pela sua posição em campo, brilhou como peça livre na criação e coroou a noite com um golo merecido. “Savarino tem que jogar livre”, resumiu Renato Paiva após a partida, reforçando a importância da liberdade criativa do camisa 10.

A vitória foi magra em números, mas imensa em significado. O Botafogo voltou a vencer após três jornadas, reencontrou um sistema de jogo mais coerente e renovou a confiança da sua torcida. Igor Jesus, mais solto fora da área, Matheus Martins agressivo nas ações ofensivas e uma equipa compacta marcaram a noite em que o Alvinegro reafirmou a sua força diante do Fluminense. No final, foi o Botafogo quem saiu a sorrir — e a fazer história.