A segunda jornada do Campeonato Brasileiro trouxe diferentes desafios e resultados para os profissionais portugueses envolvidos na competição. De treinadores a jogadores, as exibições variaram entre a solidez, a recuperação e a frustração Abaixo, um balanço completo do desempenho dos profissionais portugueses na segunda ronda:

Treinadores

Abel Ferreira (Palmeiras) – Nota 5
Rodou o plantel e pagou o preço no rendimento. A equipa mista mostrou-se desorganizada e pouco criativa, especialmente na primeira parte. A mudança de sistema e os nomes lançados na segunda parte melhoraram o desempenho, mas sem brilho. A vitória foi importante, mas o futebol praticado continua abaixo do esperado.

Renato Paiva (Botafogo) – Nota 6
Conquistou a primeira vitória no Brasileirão. Apesar de ainda não ter resolvido os problemas no meio-campo, fez uma substituição decisiva ao lançar Santi no lugar de Patrick de Paula. O segundo tempo foi animador e indica que o trabalho tem margem para crescimento.

Leonardo Jardim (Cruzeiro) – Nota 3
Teve o plano de jogo prejudicado pela expulsão precoce de Jonathan Jesus. No entanto, a forma como recompôs a equipa foi infeliz, retirando um médio e enfraquecendo ainda mais o setor onde o Cruzeiro já tem dificuldades. A equipa segue sem evolução clara, com produção ofensiva escassa e defesa vulnerável.

Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino) – Nota 4
Insistiu numa formação criticada e pagou caro. Foi vaiado pelos adeptos ainda antes do apito inicial. As mudanças ao intervalo surtiram efeito e permitiram um empate frente ao Bahia, mas o desempenho coletivo ficou muito aquém. Teve mais sorte do que mérito para sair com um ponto.

Pepa (Sport) – Nota 6.5
Excelente abordagem táctica na primeira parte, com pressão alta, organização e uma dupla criativa (Lucas Lima e Sérgio Oliveira) em destaque. No segundo tempo, demorou a mexer, e o Palmeiras equilibrou. Ainda assim, o Sport demonstrou maturidade, consistência e um rumo promissor.

Jogadores

Sérgio Oliveira (Sport) – Nota 6.5
Mostrou classe e visão de jogo, em perfeita sintonia com Lucas Lima. Pecou em alguns momentos ao segurar demais a bola, mas é, com clareza, uma das peças mais talentosas do onze de Pepa. Continua em crescimento e é fundamental na construção ofensiva do Sport.

João Silva (Sport) – Nota 5
Atuação sólida, mas sem o brilho de jornadas anteriores. Comprometido nos duelos, mas com dificuldades na saída de bola. Ainda assim, mantém-se como um dos pilares defensivos da equipa.

Nuno Moreira (Vasco) – Nota 5
Entrou tarde no jogo, mas foi o melhor elemento do Vasco na derrota frente ao Corinthians. Ofereceu verticalidade, criou a melhor ocasião da equipa em um grande passe nas costas da defesa para finalização de Alex Teixeira, e venceu todos os duelos defensivos. O tempo reduzido em campo e o fraco rendimento coletivo limitaram a sua avaliação.

Cédric Soares (São Paulo) – Nota 6
Atuou numa posição mais ofensiva e teve uma exibição segura. Com boas incursões pela ala, embora nem sempre eficaz nos cruzamentos. Chegou a aparecer por zonas centrais, mas sem grande impacto. Cumpriu com equilíbrio.

Gonçalo Paciência (Sport): segue lesionado e ainda não se estreou na competição.

 Rafael Ramos (Ceará): permaneceu no banco de suplentes e não foi utilizado.

Balanço final

Se a primeira jornada foi de descobertas, a segunda começa a delinear tendências. Pepa e Paiva demonstram consistência e evolução tática, enquanto Abel e Caixinha continuam a oscilar. Leonardo Jardim, por sua vez, acende o sinal de alerta. Entre os jogadores, Sérgio Oliveira ganha protagonismo no Sport, e Nuno Moreira, mesmo com poucos minutos, segue mostrando qualidade.

A próxima ronda será crucial para definir quem sobe na hierarquia da competição — e quem precisará de mudanças urgentes.