Após derrota para o Vasco na estreia do Brasileirão, Marcelo Teixeira critica o plantel do Santos e cobra reação imediata. Clima de tensão cresce e relação com o técnico Caixinha volta a ser colocada em xeque.
29/03/2025 12h00 .- Atualidade
Na reestreia do Santos na Série A do Campeonato Brasileiro, após um ano na segunda divisão, o clima não foi de festa. O Peixe até saiu na frente, mas sofreu a virada e perdeu por 2 a 1 para o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e a derrota causou forte repercussão interna. Após o apito final, o presidente Marcelo Teixeira não poupou críticas ao elenco e cobrou reação imediata.
“Voltar ao Brasileirão é excelente, é um objetivo importante, mas não queremos permanecer em disputas secundárias e diferentes da nossa tradição. É inadmissível, era um jogo para três pontos. Uma equipa que treina, treina, treina, depois sofre este tipo de golos de cabeça… Temos de voltar e dizer que o Santos está, mais uma vez, na luta”, declarou o dirigente.
Mesmo sem poder contar com Neymar, lesionado, e com Soteldo fora, Teixeira considera que o plantel tem qualidade suficiente para entregar mais em campo. O presidente foi direto ao afirmar que existem “falhas gravíssimas” a serem corrigidas.
“Tem um plantel para esse tipo de resposta, temos condições de fazer uma campanha e nós precisamos dessa reação. Temos de corrigir falhas gravíssimas, num campeonato como este não podemos sair daqui apenas a lamentar. Lamentar, corrigir e ganhar pontos. É isso que o Santos precisa neste início do campeonato.”
O técnico Pedro Caixinha, por sua vez, preferiu apontar a “falta de energia” da equipe no segundo tempo como um dos fatores da virada vascaína, que contou com um golo decisivo do português Nuno Moreira. Mas a explicação não agradou ao presidente.
“Não vejo queda de preparação física. Vejo as modificações, naturais, que o treinador fez. A equipa estava montada mesmo sem Neymar e Soteldo. Lógico que são peças importantes, mas a equipa esteve bem na primeira parte. Na segunda, não justifico pela preparação física. A equipa demorou um pouco para impor de novo um ritmo”, disparou.
A relação entre Marcelo Teixeira e Pedro Caixinha, inclusive, já vinha estremecida desde fevereiro. Na ocasião, após a derrota para o Corinthians no Campeonato Paulista, os dois desentenderam-se e, segundo informações da Rádio Bandeirantes, o clube chegou a considerar a troca de treinador. O nome de Renato Gaúcho chegou a ser especulado, mas Caixinha permaneceu à frente da equipa.
Agora, com um início frustrante no Brasileirão, o ambiente volta a ficar sob tensão. Na próxima jornada, o Santos vai em busca de sua primeira vitória na atual edição do campeonato em sua casa frente ao Bahia.
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