Em uma jornada de extremos para os portugueses, Leonardo Jardim vê a melhor partida do Cruzeiro sob o seu comando. Por outro lado, Pepa voltou a não encontrar soluções e não conseguiu sustentar nova derrota.
06/05/2025 – Atualidade / Opinião
A sétima jornada do Brasileirão 2025 trouxe um grande destaque luso no comando técnico: Leonardo Jardim venceu e convenceu frente ao Flamengo, com uma exibição de alto nível do Cruzeiro. Por outro lado, Pepa foi oficialmente despedido após mais uma derrota com o Sport. Já Abel Ferreira voltou a vencer e a retomar a liderança do campeonato, enquanto Renato Paiva falhou nas escolhas e segue pressionado. No campo, Nuno Moreira teve bom desempenho como falso 9, enquanto João Silva ainda não reencontrou o melhor nível.
Abel Ferreira (Palmeiras) – Nota 6.0/10
Com duas alterações no onze inicial — Piquerez e Richard Ríos — Abel viu a sua equipa ter dificuldades no primeiro tempo, cometendo erros de eficácia que já se tornaram recorrentes. No segundo tempo, a marcação alta deu resultado, com Vitor Roque a marcar o seu primeiro golo pelo Verdão. Após o golo, Abel fez alterações no meio-campo que ajudaram a segurar o resultado e a dar mais mobilidade à equipa. Vitória justa, ainda que com margem para melhoria no desempenho geral.
Leonardo Jardim (Cruzeiro) – Nota 9.0/10
No Mineirão, o Cruzeiro apresentou a sua melhor exibição sob o comando de Leonardo Jardim. Com marcação alta e disciplina táctica, a equipa mineira sufocou o Flamengo na construção e criou perigo em várias transições rápidas. A vitória foi justa, fruto de um desempenho coletivo intenso e maduro. Jardim parece ter encontrado a estrutura ideal e começa a colher os frutos de um trabalho consistente e bem aplicado.
Pepa (Sport Recife) – Nota 4.0/10
Fez um bom primeiro tempo, com o Sport organizado e competitivo. Contudo, não reagiu quando a equipa perdeu intensidade e passou a ser dominada pelo Fluminense. Demorou a fazer substituições e não encontrou soluções em campo. Ao final da partida, foi oficialmente despedido, encerrando uma passagem sem vitórias no Brasileirão e marcada por insistências questionáveis e dificuldade em reagir a cenários adversos.
Renato Paiva (Botafogo) – Nota 3.0/10
Povoou o meio-campo com Newton e Patrick de Paula, mas ambos foram dos piores em campo. O Botafogo foi dominado pelo Bahia na primeira parte e, mesmo com alterações na segunda, não conseguiu reverter a situação. As substituições tardias e a falta de intensidade colectiva agravam a crise. O trabalho de Paiva perde força junto da massa adepta e exige resposta imediata.
João Silva (Sport) – Nota 4.5/10
Mostrou raça e entrega, mas sofreu com o jogo aéreo do Fluminense e errou em algumas saídas. Apesar de não ser o principal responsável pela derrota, continua aquém do nível que já demonstrou com a camisola do Leão.
Nuno Moreira (Vasco) – Nota 6.5/10
Actuando como falso 9, movimentou-se bem e participou ativamente nas construções ofensivas do Vasco. Finalizou com perigo de fora da área, obrigando Weverton a uma boa defesa. Continua a ser um elemento criativo importante para o ataque cruzmaltino.
Rafael Ramos (Ceará) – Nota 5.0/10
Entrou ao intervalo e teve uma exibição apagada. Contribuiu pouco ofensivamente e não comprometeu na defesa, mas também não acrescentou. Fica com uma nota mediana.
Gonçalo Paciência (Sport) e Sérgio Oliveira (Sport): continuaram de fora por lesão.
Cédric Soares (São Paulo): ficou no banco de suplentes e não foi utilizado.
A jornada marca uma clara evolução do trabalho de Leonardo Jardim, que alcança a melhor exibição de um técnico português até aqui no campeonato. Abel Ferreira volta a vencer, mesmo com dificuldades. Pepa despede-se do Brasileirão sem vitórias e Renato Paiva agrava a crise no Botafogo. Em campo, Nuno Moreira mantém o bom rendimento — desta vez em uma nova função. O Brasileirão entra agora numa fase de redefinições para os representantes lusos.
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