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Crónica: Cruzeiro bate o Flamengo no apagar das luzes com brilho de Gabigol

Ídolo rubro-negro falha penálti, mas marca em ressalto e impõe primeita derrota a sua antiga equipa no campeonato

Por Eduardo Vieira

05/05/2025 – Atualidade/Opinião

Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O Cruzeiro venceu o Flamengo por 2-1, este domingo, no Mineirão, e quebrou a invencibilidade do rubro-negro no Brasileirão 2025. A vitória foi dramática e decidida nos acréscimos, com um golo de Gabigol — que entrou no fim, falhou um penálti, mas marcou no ressalto. Foi o primeiro golo do avançado frente ao seu antigo clube e um desfecho épico para uma partida intensa, competitiva e recheada de nuances táticas.

A primeira parte foi de bom nível técnico e de leitura estratégica. O Cruzeiro começou o jogo com marcação alta, tentando dificultar a saída de bola do Flamengo e provocando erros no setor de construção adversário. Com disciplina táctica, a equipa de Leonardo Jardim não se limitou a defender e criou várias jogadas de perigo em transições rápidas. Aos 17 minutos, Kaio Jorge aproveitou um desarme de Lucas Romero sobre De la Cruz para arrancar sozinho desde o meio-campo e finalizar com força no canto de Rossi.

O Flamengo, com mais posse, enfrentava dificuldades para criar lances agudos. A organização defensiva da Raposa neutralizava os ataques pelos flancos e abafava as movimentações de Pedro. Ainda assim, no seu pior momento na etapa inicial, o conjunto carioca empatou com um belo golo de Arrascaeta. O uruguaio finalizou de primeira, após passe de Gerson. Tudo igual ao intervalo, com um golo para cada lado e muito por se jogar.

O segundo tempo começou num ritmo mais contido, mas o Cruzeiro manteve a iniciativa. Matheus Pereira foi o primeiro a reacender o duelo, com três boas investidas que exigiram defesas atentas de Rossi e cortes providenciais de Léo Pereira. Kaio Jorge, com muita mobilidade, continuava a criar desequilíbrios, e Wanderson também obrigou Rossi a brilhar. O guarda-redes do Flamengo foi, a par de Arrascaeta, o melhor da sua equipa.

Do lado rubro-negro, Filipe Luís demorou a reagir à queda de rendimento e só mexeu na equipa a meio da segunda parte. Pedro deu lugar a Michael, que esteve apagado. Bruno Henrique foi para o centro do ataque, mas a superioridade do Cruzeiro era evidente. O domínio transformava-se em pressão, mas o golo da vitória parecia não chegar.

Aos 90+5’, quando o empate parecia selado, Eduardo antecipou-se a Léo Pereira na grande área e foi derrubado. Penálti assinalado. Gabigol assumiu a cobrança, mas viu Rossi defender a batida fraca. No entanto, o avançado reagiu rápido e, no ressalto, empurrou para o fundo da baliza. O Mineirão explodiu. O próprio Gabigol, contido nos festejos por respeito ao ex-clube, celebrou apenas após cumprimentar os antigos companheiros.

O Cruzeiro conseguiu, assim, uma vitória justa e construída com base numa exibição coletiva sólida, intensa e muito bem executada taticamente. A Raposa criou mais, dominou durante longos períodos e mereceu os três pontos. Já o Flamengo, apesar de momentos pontuais de perigo, esteve longe do seu melhor e perdeu a liderança para o Palmeiras. Um jogo de altos voos no Mineirão… e de um final escrito com a assinatura de Gabriel Barbosa.

Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

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